segunda-feira, março 27, 2006

A_mar








Inocente pedra esculpida
De perfume envolvente, atraente, perturbante.
Pureza lançada ao mar
Que habilmente nos fala de amor.
Paz na vida, serenidade na ponta dos dedos.
Pequena alga que se afunda
Gaivota que voa sozinha e sempre regressa do mar
Vai e vem, vai e vem e está sempre cá.
Era uma vez tu, uma vez eu
Assim é que era
Perturbante
Perturbantemente falamos de nós nas entrelinhas do amor
Perturbantemente nos lembramos que nada sabemos
Que nada nos possui
Que nada temos dentro das mãos que apertamos
Separados nos encontramos como amantes
Num cruzamento de constelações puramente iluminadas
Onde o brilho de um olhar se misturou com a beleza do teu sorriso.

segunda-feira, março 20, 2006

É dentro do bolso que guardas os teus sonhos!

O ser humano tem dificuldade em dar, tal como nós os dois! Com estas palavras nos coloco de certa forma á parte de toda a humanidade... forma subtil de ficar só contigo!
A lua carrega o sentimento que nunca vamos viver, que não alcançamos por cobardia, por medo, até por desgosto, numa opção pensada e calculada através das nossas trocas com o mundo.
No teu olhar carregas o brilho da lua, e no teu corpo escondes o segredo que o mar te revelou.
No meu olhar espelho o mar, e na minha pele encerro os segredos da lua.
Em nós encerraremos fogos de artifício que celebram uma comunhão de vidas, que espelham energias saboreadas com a angústia de sonhos esquecidos.
Um momento de paz, um toque de sabedoria indesejada, uma lágrima escondida nos prazeres da noite, um sorriso pelo silêncio das palavras, e uma fuga inesperada e secretamente desejada.
Seremos apenas um só para toda a eternidade. Agradeceremos aos céus, dançaremos para a lua, festejaremos na areia de uma praia, e descansaremos num campo de malmequeres.
A tua mão, nessa areia húmida que o mar calcou, depressa aperta os sonhos que secretamente envolves em ti e guardas dentro do bolso, como quem guarda a caneta com que escreve a sua história.